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A felicidade é um processo

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Quando se pergunta a alguém como gostaria que fosse a sua vida, é muito frequente que a resposta seja algo como: “Quero ser feliz, ter uma família maravilhosa e um trabalho do qual eu goste.”

De facto, quem é que não gostava de ter uma vida assim?

Toda a gente gosta do que é bom. Toda a gente quer ter uma vida feliz e fácil, sem preocupações.

A questão é: será que essa vida existe?

Eu pessoalmente não acredito. Não acho que viver uma vida sem ter problemas por resolver seja possível… por mais pequenos que estes sejam.

Vamos a alguns exemplos disso ?

Pessoas sem família enfrentam problemas porque não têm família. Pessoas que têm família enfrentam problemas por causa da família. Os ricos têm de resolver problemas associados à sua riqueza. Os pobres têm problemas por resolver associados à sua pobreza. O próprio milionário Warren Buffet tem problemas financeiros, tal como qualquer mendigo tem. Warren Buffet simplesmente tem problemas financeiros menores que os dos mendigos.

Não acho que a felicidade esteja relacionada com um estado derradeiro de plenitude e satisfação associado a uma vida sem preocupações, muito menos associada a bens materiais. De um modo geral gostamos de acreditar nisso… mas penso que não seja a visão mais correta.

Porque será que tendemos a acreditar que uma vida sem pequenos desafios diários para resolver nos traria felicidade? Não será a felicidade em si uma forma de ação e não um modo passivo de viver?

A felicidade é um processo e não um resultado

Se tal como eu acredita numa felicidade “ativa”, então acredita numa felicidade que advém da resolução de pequenos desafios. Aliás, advém da resolução dos desafios que escolhemos ter e escolhemos resolver. A solução dos desafios que enfrentamos hoje é a base dos desafios que enfrentaremos amanhã, e assim por diante.

A felicidade não é um resultado. Por isso, não nos devemos fixar em recompensas mas sim no processo em si.

Cada um de nós é definido pelas batalhas que está disposto a lutar. As pessoas que gostam da batalha do exercício físico são as que acabam por conseguir ter excelentes resultados em provas e que conseguem ter uma forma física invejável. As pessoas que gostam de passar horas a fio no trabalho são as que chegam rapidamente ao topo das empresas. As pessoas que gostam da incerteza da vida de artista são as que, no final, conseguem chegar aos palcos.

Quantas pessoas querem ter uma forma física fantástica mas não estão dispostas a passar horas e horas num ginásio nem a calcular as calorias de tudo o que comem? Quantas pessoas querem abrir um negócio de sucesso mas não estão dispostas a lidar com a incerteza, com os fracassos ou com a quantidade insana de horas dedicadas a algo que lhes pode render zero?

São as batalhas que travamos que determinam as nossas conquistas. Acredito que a felicidade esteja neste processo… e sim, é um processo que exige esforço e dedicação! Porque o caminho da felicidade não é um caminho fácil. Está cheio de obstáculos e frustrações.

Concluindo…

A questão crucial aqui não é portanto “de que sucessos queres disfrutar?” mas sim:

– Que desafios quer ter e quer resolver?

– Quanto estás disposta a lutar para resolver esses desafios? Até onde está disposta a ir para conseguir? Do que está disposta a abdicar?

E a toda a hora fazemos escolhas. Todo o “sim” que damos para alguma coisa camufla um “não” que foi dado a milhares de outras coisas que poderíamos estar a fazer nesse mesmo momento.

Procure uma vida cheia de pequenos problemas. Não espere por uma vida sem problemas. Dificilmente vai conseguir chegar a esse resultado.

Aceite as suas batalhas e lute. São elas que nos distinguem, nos definem e ao mesmo tempo, nos unem.

Joana Forno – Coaching Profissional

Artigo inspirado na leitura de um livro de Mark Manson

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