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Finanças – Passo Inicial

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Vamos lá a organizar-nos….

Para todas nós é extremamente importante ter uma boa organização das nossas finanças.

Infelizmente nem sempre se consegue estar em perfeição pois as dificuldades financeiras podem surgir quando menos se espera e atacar a nossa produtividade e a nossa vida emocional e psicológica, que por consequência nos trará ansiedade no seio da nossa família.

Devemos assim ter um planeamento, uma previsão dos que nos vai aparecer pela frente, para que estejamos preparados e organizados para o que advenha do nosso negócio ou de todas as acções que tenhamos de tomar.

Confesso que muitas vezes, com as noticias que vejo, penso que, aquele ou aquela tem sucesso porque facilmente tem acesso a dinheiro, mas depois de, bem vistas as coisas, nem sempre conseguem, mesmo assim, resolver os seus problemas, ou porque não são organizadas ou porque não querem muito ou até mesmo porque nunca orçamentaram nada nem fizeram nenhum plano do que queriam fazer.

Todas nós temos sonhos não é verdade?

Vou dizer-vos uma coisa, eu quando tirava o 12º ano, tinha 18 anos, comecei a trabalhar numa papelaria, nos períodos livres, adorava aquilo, pensava que um dia teria algo igual, uma papelaria!

Ainda há uns anos voltei a pensar nisso, nunca desisti da ideia!

Pois é, mas para que comecemos com o 1º passo devemos escrever no papel as nossas ideias para que façamos tudo com cabeça, tronco e membros.

Falei aqui em Orçamento, pois bem, devemos estipular um dia para nos organizarmos. Ou criamos um ficheiro de excel ou usamos um programa, cada um deve fazer o que melhor se adapta, interessa é começar. Temos de colocar toda a nossa vida nesse ficheiro, todas as nossas despesas (divididas por itens), os nossos rendimentos e assim vamos criar o nosso orçamento.

Depois de criado o orçamento, que podemos ir ajustando à medida das nossas necessidades, chega a hora de definir prioridades.

Vamos verificar o que gastamos do quê, chegar à conclusão que gastamos mais do que deveríamos e decidir onde cortar. Claro que se gastarmos mais do que ganhamos então temos mesmo de tomar uma decisão rapidíssima. Gastar menos do que ganha é a lei!

Há que definir o que é importante e eliminar aquilo que realmente não nos faz falta nem é essencial.

É um trabalho rigoroso que exige atenção e tempo porque nos vai ajudar a ter disciplina e que apenas vai custar no início.

O que vai eliminar pode voltar a ser mais tarde usufruído, podendo apenas ser eliminado provisoriamente para equilibrar as contas.

A maioria de nós não se preocupa em usar o dinheiro e sim em gastá-lo. Sei do que falo porque já ganhei muito dinheiro, sem olhar a meios na hora de o gastar, mas a vida muda e temos de aprender com os erros dos outros, mas principalmente com os nossos.

Devemos ler muito nesta área, procurar as respostas às nossas questões, cada caso é um caso. Existem livros, revistas, mas hoje em dia a Internet dá-nos resposta a todas as nossas perguntas.

Devemos criar um objetivo a atingir. Um valor de poupança, uma viagem a realizar, uma compra importante, um projeto, tudo o que qualquer uma de nós considere importante, devendo fazer tudo para que sejamos capazes de cumprir com o que nos propusemos e para isso há que organizar o orçamento para que no prazo estipulado se atinga esse objetivo.

Chegamos a uma das partes mais difíceis, poupar. Pois é e sem poupança é extremamente difícil conseguir uma boa organização. É muito importante para que possamos enfrentar situações de emergência ou de crise. O ideal é reservar mínimo 10% do rendimento, mas cada uma deve fazer de acordo com o seu orçamento.

A partir de uma dada altura, podemos analisar se será possível avançar para um investimento. Se temos tudo em dia, sem dividas, então quiçá chegou a hora de fazer com que o dinheiro trabalhe para nós.

Devemos saber onde queremos investir, quanto, por quanto tempo, se somos avessos ou não ao risco, e com a ajuda de empresas ou pessoas especializadas nesta área, avançar.

No momento em que fazemos as nossas compras devemos controlar-nos em relação ao consumo, saber se realmente necessitamos dele, se o podemos pagar, se não conseguimos mais barato, procurando com mais calma, com descontos e promoções, etc

Compre o que deseja sem créditos, pois os juros são altíssimos se por razões alheias à sua vontade surja algum problema e não paga num dado mês, ou em dois, ou em três. Use o empréstimo/créditos bancários unicamente para situações específicas, como a compra de um imóvel ou de um carro.

Empréstimos e créditos ou até mesmo cartões visa, são ameaças a qualquer orçamento, pois são fáceis e caros. As taxas de juros são altas e somos facilmente seduzidos pela sua facilidade. Não se esqueça, dinheiro fácil custa muito mais caro e tudo o que seja mais de 1€ é caro!

Se já tem algum contrato de crédito, analise junto de outras instituições bancárias, por vezes as condições de pagamento são mais vantajosas e a troca pode ajudar a pagar menos mensalmente, que é o que se quer.

Para terminar digo-vos que nada do que vos aqui escrevo funciona se não tivermos disciplina na hora de nos organizarmos, devemos seguir o orçamento que elaboramos, ir reajustando, claro, mas mantermo-nos focadas no nosso objetivo!

Ana Paula Coelho

«Membra» do Grupo Mulheres à Obra


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