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No sofá com a Empreendedora Fátima Joaquim – Oriflame

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P. – Qual a tua atividade profissional?

Actualmente, directora e conselheira de beleza e bem estar no ramo da cosmética – estou desde 2002 a representar uma marca sueca de Venda Directa. Antes disso trabalhei 20 anos como administrativa.

P. – Quando sentiste o “chamamento” do empreendedorismo na tua vida?

As vendas correm-me no sangue e desde que nasci basicamente sempre convivi com elas, vendo a minha avó fazer isso e depois o meu pai, que vendiam os produtos que cultivavam nas suas hortas. Desde muito miúda, 5/6 anos, comecei a ajudar a atender clientes. Sempre existiram em mim duas frases que não aceitei “Não consigo” “Não sou Capaz”. Apesar de ter sido retirada da escola muito nova e aos 14 anos começar a trabalhar, sempre acreditei que conseguia ir muito mais além e tentei  aos 20 anos, já casada, com a venda ambulante de bijutaria e quinquilharia, aos fins de semana, pois mantinha o meu emprego. Era um extra mas não me preenchia.

P.– Como começaste o teu percurso empreendedor?

Em 1992 conheci pela primeira vez o Marketing Multinível através de uma empresa americana que tinha chegado a Portugal. Aí sim, deu-se o meu click, pois eu não tinha estudos, não era formada e ali o que era necessário era querer aprender. Durante cerca de 10 anos tive uma grande escola onde aprendi muito ou tudo, o que me levou a que em 2003, depois de 24 anos empregada na mesma empresa, em 15 dias passasse de uma situação de funcionária efectiva a desempregada que chega ao centro de emprego e lhe dizem: “Mediante a sua idade e as suas habilitações é velha para o mercado de trabalho”, (37 anos). Como felizmente uns 6 meses antes, em part-time, tinha iniciado a minha atividade, já estava a ter resultados bastante positivos. O rótulo que me quiseram colar foi como uma mola impulsionadora pois tomei a decisão de me dedicar a tempo inteiro e fazer daquilo que tanto gostava a minha carreira profissional, sabendo que poderia, com o meu conhecimento e a minha experiência, ser também uma fonte de inspiração para outras mulheres que se juntavam ao grupo.

P.– Que dificuldades encontraste nesse percurso e como as contornaste?

As dificuldades que encontrei foram e são as mesmas, quer tenha sido em 1992, 2002 ou agora: a aceitação e o acreditar por parte das pessoas neste tipo de negócio. Considero que somos um povo muito inteligente, mas quando se fala em ganhar mais dinheiro, a maioria só pensa em facilitismos. Mas é ai que a adrenalina me sobe porque também eu um dia antes de experimentar disse que não, essa foi a melhor lição que tive, cada não é um desafio para transformar em sim, depois vem a paixão pelo produto, principalmente pela cosmética. Com toda a experiência e tecnologia de que já disponho, consigo estabelecer muito boas relações e parcerias que me levam a estar com muitas mulheres e a ajudá-las (e também muitos homens) a manter o rosto com uma aparência jovial e saudável.

P. – Comparando a tua atual atividade profissional empreendedora com o trabalho que tinhas antes, que diferenças destacas?

Destaco tudo porque para mim tento sempre retirar o bom de cada experiência e fazer valer-me disso. Hoje, já que me cruzo com tanta gente diferente ao longos dos dias, aprendo muito com elas e dou-lhe também muito do que sei, principalmente como pessoa simples que sou, mas que estruturou a sua vida de forma a obter um rendimento mensal superior a muitos doutorados, fazendo aquilo que gosto de forma simples e fazendo das dificuldades imputs para seguir em frente.

P. – Que dicas gostarias de partilhar para quem quer dar os primeiros passos numa carreira empreendedora?

Na vida não há comida grátis, mas quem me conhece sabe que o meu lema é um só: Eu posso,eu quero, eu consigo, eu sou capaz… As dificuldades existem e por vezes são mais que muitas, mas tal como a água faz o curso do seu leito e quando encontra os obstáculos contorna-os, assim recomendo que façam, sejam resilientes, aprendam com quem sabe, e lembrem-se: Querer é Poder!


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