No sofá com a empreendedora Mafalda Costa

P. – Qual a tua atividade profissional?

Trabalho na área da consultoria e gestão de Redes Sociais. 

P. – Quando sentiste o “chamamento” do empreendedorismo na tua vida?

Desde cedo senti este chamamento; a minha mãe é empreendedora, sempre foi “dona da sua vida”, por isso desde cedo tenho essa visão, e sempre senti que era isso que queria para mim, empreender, liderar e ter liberdade. 

P. – Como começaste o teu percurso empreendedor?

O meu percurso de empreendedora começou desde muito cedo. Tinha os meus 15 anos quando comecei a vender seguros pelo telefone, no escritório da minha mãe. Até aos meus 19 anos trabalhei em tudo e mais alguma coisa, desde vender pulseiras feitas por mim até trabalhar em limpezas. Até que, aos 19 anos, decidi juntar-me com o meu marido e comecei a trabalhar na empresa dele, de produção de conteúdo ligado ao turismo.

Em 2020, na pandemia, o nosso negócio relacionado com o turismo parou por completo, e eu fui trabalhar como gerente e rececionista num cabeleireiro de shopping com mais de 12 funcionários. Foi a loucura total lidar com aqueles horários, só aguentei um ano.

Entretanto, surgiu a hipótese de me mudar para Viseu. Nessa minha mudança também quis arranjar um emprego e estive numa loja de roupa do segmento médio-alto, no atendimento ao público. Mais uma vez, só aguentei durante um ano. Isto porque sempre quis ter liberdade e nestes empregos temos tudo menos liberdade. Durante estes anos todos trabalhei com marketing digital em part-time, e agora já estou a 200% no meu negócio e sei que é isto que eu quero para mim. 

P. – Que dificuldades encontraste nesse percurso e como as contornaste?

Neste meu percurso a principal dificuldade foi lidar com uma parte da família, que nunca percebeu e ainda hoje não percebe bem o que eu faço. É difícil de explicar, mesmo mostrando. Tirando isso, tenho dificuldades em “cuidar do meu negócio”, sou muito focada no negócio das minhas clientes, procuro o melhor conteúdo, procuro as melhores imagens, tenho as melhores ideias, mas não aplico esse método no meu negócio e por vezes fico desiludida. 

P. – Comparando a tua atual atividade profissional empreendedora com o trabalho que tinhas antes, que diferenças destacas?

O trabalho que tive anteriormente a estar 100% por conta própria, era um trabalho que me tirava 10 horas diárias. Era um trabalho em que mal via o meu filho, andava em piloto-automático e não aguentei mais de um ano. Prezo muito uma boa qualidade de vida e a possibilidade de ter tempo para tudo. E a minha atividade atual permite-me ter tempo para tudo. 

P. – Que dicas gostarias de partilhar para quem quer dar os primeiros passos numa carreira empreendedora?

As melhores dicas que posso dar é as que dou a todas as alunas da minha mentoria individual. Alinhar o nosso mindset, preparar o nosso corpo, fazer um plano de negócio, fazer um plano de marketing, definir a identidade visual e definir a estratégia de implementação de marca, seja ela corporativa, seja ela pessoal.

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