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Mães Empreendedoras – Mulheres à Obra aderem a ONG Internacional

Mães trabalhadoras

Temos nas Mulheres à Obra inúmeras mães que lutam para conciliar a sua vida familiar com as suas responsabilidades laborais. Como sabemos, este esforço que nem sempre é bem sucedido.

Aliás foi precisamente de um debate sobre esta dificuldade que o nosso grupo nasceu em Março de 2017, com a denominação Mães à Obra.

Acreditamos no exercício de uma cidadania ativa. Enquanto mães empreendedoras, acreditamos que não basta empreender, é preciso agir sobre as condições em que empreendemos. Com o propósito de agir sobre as condicionantes sociais, culturais e políticas que interferem com as nossas vidas, aderimos à Make Mothers Matter (MMM). A MMM é uma ONG internacional que visa promover o bem estar e a qualidade de vida das mães, ao nível mundial.

Somo o primeiro membro desta organização em Portugal. Assim, esperamos contribuir para divulgar e implementar a sua ação o nosso país!

 

MMM  – As origens

A MMM resultou da Organização Social e Cívica Feminina (UFCS), constituída em 1925 por uma empenhada feminista pioneira chamada Andrée Butillard (1881-1955). A UFCS teve como objetivo mobilizar mulheres de todas as origens sociais e analisar as suas dificuldades, a fim de encontrar formas de melhorar as suas condições de vida e provocar mudanças sociais positivas.

Apesar dos seus antecedentes modestos, Miss Butillard recebeu uma excelente educação e possuía uma sólida experiência em lidar com questões sociais. Havia estado envolvida na criação de um sindicato para mulheres trabalhadoras. Da mesma forma, estivera envolvida em lobbying por condições laborais decentes, salários justos e capacitação para mulheres educadoras sociais.

Contribuiu ativamente para a organização de reuniões sindicais para o intercâmbio de novas ideias, experiências e práticas. Estava firmemente convencida de que as mulheres tinham um importante papel social a desempenhar. Desta forma, encorajava-as a desempenhar o seu papel enquanto cidadãs ativas.

No seu entendimento, as mulheres deviam assumir participar efetivamente das decisões relativas à sua vida familiar e profissional. Por isso, a UFCS apoiou-se na sua rede membros para sensibilizar a sociedade relativamente às condições de vida das mulheres. Foi um lobby eficiente que influenciou a elaboração de políticas fundamentais nesta área.

Muitas mulheres, particularmente de origem pobre, dividem-se entre a necessidade de trabalhar e a sensação de que não estão a cuidar adequadamente das suas famílias.

Embora ela fosse solteira, Andrée pensava muito em valores familiares e em educação. Foi assim que a promoção do trabalho de cuidado familiar não remunerado das mães assumiu um papel essencial para o UFCS. Até 1940, esta organização exerceu um lobby intenso ao nível parlamentar para promover uma política familiar consistente.

O seu principal objetivo consistia na obtenção de subsídios familiares significativos. Estes iriam permitir que as mães permanecessem em casa e cuidassem das suas famílias em condições dignas. A UFCS argumentava que era uma maneira de reconhecer que o seu trabalho beneficiava toda a sociedade. No entanto, lutava igualmente pelos direitos das mulheres que trabalhavam fora de casa.

Foi após a Segunda Guerra Mundial que o auxílio social em França arrancou com generosas abonos e políticas familiares. Estas medidas serviram como exemplo para muitos países. A UFCS desempenhou um papel fundamental na construção das políticas familiares francesas.

Tendo alcançado resultados tão favoráveis em França, a UFCS decidiu estender a sua ação ao nível internacional. Em 1947, organizou o terceiro congresso internacional sobre la Mère, Ouvrière du Progrès Humain (Mães como Trabalhadoras do Progresso Humano). O Le Mouvement Mondial des Mères (Movimento Mundial das Mães) foi constituído com o objetivo de mobilizar as mães. Pretendeu promover as suas atividades familiares e o seu papel social, dando-lhes uma voz a nível internacional.

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