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Celebrando o 25 de Abril: Uma Chamada à Ação para as Mulheres Empreendedoras

No rescaldo da Revolução dos Cravos, o 25 de Abril é um marco histórico que nos recorda a força do espírito humano na luta pela liberdade e pela democracia. Neste dia, celebramos a coragem e a determinação daqueles que se opuseram à opressão, sonhando com um Portugal mais justo e igualitário. No entanto, é também um momento de reflexão profunda sobre os desafios que a nossa democracia enfrenta atualmente.

A democracia, essa conquista tão arduamente ganha, não é um dado adquirido, mas sim um ideal que requer a nossa constante dedicação e vigilância. Os problemas que hoje testemunhamos na governação do nosso país não são falhas intrínsecas da democracia; pelo contrário, são reflexo da falta de qualidade na nossa classe política. Governantes que, por vezes, parecem mais focados nos seus próprios interesses do que no bem comum, ameaçam os alicerces sobre os quais a nossa sociedade se constrói.

Vivemos tempos críticos, em que assistimos à ascensão de partidos e movimentos que questionam os próprios valores democráticos que deveriam defender. Esta realidade torna imperativo que não nos acomodemos, que não tomemos a liberdade e a igualdade como garantidas. Mais do que nunca, é essencial que as vozes das mulheres sejam ouvidas, que a nossa presença seja sentida em todos os espaços de decisão e influência.

A comunidade “Mulheres à Obra” representa um farol de esperança e de ação. Juntas, temos o poder de moldar o futuro, de garantir que os princípios da igualdade de género sejam não só defendidos, mas promovidos ativamente. A nossa luta pela igualdade, pelo direito de cada mulher empreendedora de prosperar num ambiente de respeito e de oportunidades equitativas, é uma luta que se enquadra perfeitamente no espírito do 25 de Abril.

É importante relembrar que a igualdade de género e a emancipação das mulheres são conquistas que só podem ser plenamente realizadas num contexto democrático. A democracia oferece-nos a liberdade de expressão, o direito ao voto, a oportunidade de participar ativamente na vida cívica e política do nosso país. Sem estes direitos fundamentais, a nossa luta seria incomensuravelmente mais difícil, se não impossível.

Assim, neste 25 de Abril, façamos mais do que apenas recordar; vamos agir. Vamos reafirmar o nosso compromisso com a democracia, com a liberdade e com a igualdade. Lembremo-nos que a manutenção da democracia exige um esforço contínuo e coletivo. Não podemos permitir que o desânimo nos desvie do caminho; pelo contrário, devemos encarar os desafios como motivos para reforçar a nossa união e determinação.

A democracia não está garantida; é uma obra em constante construção, dependente do nosso empenho diário. Como mulheres e como empreendedoras, temos uma voz poderosa e uma responsabilidade imensa. Usemo-las para garantir que o legado do 25 de Abril continue a inspirar as futuras gerações, e para que juntas, possamos construir um Portugal mais justo, igualitário e próspero para todos.

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