5 Maneiras de dar mais força às suas palavras

Todos os dias escrevemos. Publicamos nas redes sociais, enviamos emails, mensagens no telemóvel, talvez até tenha um blogue e necessite de criar conteúdos com regularidade. A escrita acompanha-nos e as palavras também.

Escrever bem está ao alcance de todos. Acredite. É uma questão de trabalho, treino e de escolhas acertadas: de livros, de formações e de comunidades que incentivam o seu conhecimento.

Existem livros que nos fazem aumentar substancialmente a curva de aprendizagem. O livro que serviu de fonte para este artigo e que utilizo com regularidade como ferramenta de trabalho é um deles. Falo de «Cem Maneiras de Melhorar a Escrita», de Gary Provost.

Nas cento e oitenta e duas páginas que compõem este livro são desvendados muitas estratégias para escrever um texto atrativo.

Vou partilhar consigo cinco maneiras bastante práticas e simples de dar mais força às suas palavras:

Usar palavras curtas

Sabia que as palavras curtas costumam ser mais fortes (e menos pretensiosas) do que as palavras longas? Pois é: «parar» é mais forte do que «descontinuar». Escolha as palavras com atenção e tornará o seu texto mais enxuto e legível.

Usar palavras familiares

Lembre-se disto: usar uma palavra que o seu leitor não conhece não tem qualquer força. Se o leitor necessitar de ir ao dicionário enquanto está a ler um artigo no seu blogue, provavelmente, já o perdeu.

Não sou a favor da simplificação da linguagem, mas sim da sua adequação. Escrever um texto literário é diferente (e também aqui depende da sua intenção) de escrever um email para um potencial cliente. As palavras aproximam e afastam as pessoas. Certifique-se que está a encurtar o caminho em direção a si.

Usar com frequência a voz ativa

Geralmente, a voz ativa resulta numa leitura mais interessante, num texto mais curto que transmite de forma mais direta o pensamento que queremos expressar.

«A Sofia abriu a porta» tem mais impacto do que «A porta foi aberta pela Sofia». Quando um verbo está na voz ativa, o sujeito da frase é quem faz a ação. A voz ativa mantém o seu leitor mais próximo do texto pois cria a sensação de que «está a acontecer algo».

Procure usar a voz ativa, mas há momentos em que deve usar mesmo a voz passiva: se o objeto da ação for o mais importante, será conveniente referi-lo em primeiro lugar. O principal é ter noção desta possibilidade e adaptá-la ao contexto.

Ser específico

Usar uma palavra ou expressão específica pode ser melhor do que usar uma palavra ou expressão genérica. Ser específico fará com que o leitor tenha uma imagem melhor definida do que pretende transmitir. O grande segredo é conseguir ser específico sem se tornar «palavroso». Procure a especificidade no que escreve sem exagerar nas descrições.

Um exemplo prático:

Frase genérica: Há algum tempo, escrevi um artigo de sucesso.

Frase específica: Há cinco anos, escrevi um artigo de sucesso.

Usar palavras enfáticas no final

O que são «palavras enfáticas»? São as que o leitor deve dar mais atenção e por isso, o autor deve ter especial cuidado e colocá-las no final da frase.

Por exemplo, se desejar dar mais ênfase à quantia de dinheiro que alguém lhe deve, escreva: «No dia 8 de abril, por favor, faça a sua transferência no valor de 150 €». Se desejar destacar o prazo, pode escrever: «Por favor, faça a sua transferência no valor de 150 € até ao dia 8 de abril».

É tarefa de quem produz um texto garantir que aquilo que escreve atinge os objetivos inicialmente propostos, quer sejam eles informar, entreter, formar ou vender.

Se a sua mensagem não produz o impacto desejado, a culpa é sua, não do leitor. Por isso, procure todos os dias aperfeiçoar a sua escrita. Só assim terá a certeza que o seu leitor perceberá a sua intenção.

A minha sugestão é que leia. Leia muito. A leitura é um dos grandes pilares para encontrar a verdadeira força das suas palavras.

Deixo-lhe a sugestão para aderir ao meu clube de leitura online. Ler um livro por mês é o desafio.

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Analita Santos