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Alimentação Saudável – conhecer a Roda dos Alimentos

CONHECER E USUFRUIR DA RODA DOS ALIMENTOS

Diz-me o que comes, dir-te-ei quem és!

Nunca foi tão verdade a utilização deste provérbio.

Cada vez mais, nós somos o que comemos. As escolhas que fazemos, levam-nos a ter hábitos que podem ter dois caminhos, o bom ou o mau.

Uma alimentação equilibrada e variada, permite-nos manter um estilo de vida mais saudável.

Mas, como se consegue uma alimentação equilibrada, saudável e variada?

Na nossa vida, existe o guia que nos permite conhecer os melhores produtos e combiná-los de forma cuidada e concertada para recebermos os nutrientes necessários que nos permitem manter hábitos saudáveis.

Esse guia é a Roda dos alimentos.

A Roda dos alimentos tem sofrido algumas alterações desde a sua criação, em 1977. Na altura, era importante perceber onde se encontravam algumas carências alimentares e definir uma estratégia para as combater.

A Roda ajuda a escolher e a combinar os alimentos que devem integrar a alimentação diária, através do atual círculo, dividido em grupos de diferentes graus de importância, que agregam os alimentos com propriedades nutricionais semelhantes.

Este círculo está dividido em 7 grupos de alimentos com características semelhantes, conforme características nutricionais.

É importante observar a Roda dos alimentos e perceber que quantidades de cada uma destas categorias devemos ingerir por dia. Devemos usar, explorar, experimentar todas as variáveis desta Roda, que é como se fosse o ADN da alimentação.

COMPOSIÇÃO DA RODA DA RODA DOS ALIMENTOS

Os 7 grupos de alimentos estão representados da seguinte forma:

  • Cereais e derivados, tubérculos – 28%

Neste grupo estão incluídos pão, batatas, cereais, arroz, massa.

  • Hortícolas – 23%

Neste grupo, estão incluídos os legumes crus e cozinhados.

  • Fruta – 20%

Neste grupo, a fruta é a rainha. Fruta variada.

  • Lacticínios – 18%

Neste grupo, incluímos o leite, os iogurtes, o queijo, o requeijão.

  • Carnes, pescado e ovos – 5%

Aqui, incluímos a carne, o peixe e os ovos.

  • Leguminosas – 4%

Neste grupo incluímos as leguminosas cruas, secas frescas, secas cozinhadas.

  • Gorduras e óleos – 2%

Neste grupo incluímos o azeite, a banha, manteigas.

A água não possui grupo próprio, mas encontra-se no centro da roda, como se fosse o centro das atenções.

É importante dar-lhe a atenção necessária, pois faz parte da constituição de quase todos os alimentos. Este é, seguramente, o ingrediente mais importante.

As escolhas dos alimentos são efetuadas, conscientemente, de acordo com os princípios de cada pessoa. Contudo, é importante termos conhecimento desta base para que possamos escolher mais ou menos produtos de cada um destes grupos.

E cada um reflete na sua alimentação o que mais gosta e o que procura para o seu equilíbrio fundamental.

MAS AFINAL, O QUE DETERMINA AS ESCOLHAS ALIMENTARES?

Em primeiro lugar, fatores económico-sociais e financeiros.

Se o acesso aos alimentos é financeiramente incomportável, torna-se difícil fazer uma seleção equilibrada!

Neste ambiente, as escolhas, são feitas de forma menos cuidada e que satisfaça a necessidade alimentar momentânea, não sendo por vezes a melhor escolha.

Entra-se numa espiral facilitadora da compulsividade alimentar, caindo em rotinas alimentares erradas.

Mais tarde, para se mudarem estes hábitos alimentares, carece de muita motivação, força de vontade e de uma disponibilidade mental para aprender novos hábitos de alimentação.

A Sociedade onde nos inserimos é fundamental para ajudar nesta mudança.

COMO NOS ALIMENTAMOS ATUALMENTE

Presentemente, com o tipo de vida agitada que muitas pessoas têm e com alguma permissividade na escolha das refeições, surgiu o facilitismo e a procura por comidas processadas e feitas, bem como de fast food, que veio ocupar uma fatia muito grande da alimentação das pessoas.

A vida sedentária resultante da pandemia também prejudicou em muito a procura de hábitos saudáveis.

As necessidades nutritivas também se alteraram muito, os dias tornaram-se mais sedentários e o organismo refletia essa carência de outras formas.

Alguns conseguiam manter ritmos alimentares idênticos, outros, adaptaram hábitos alimentares totalmente diferentes. Se o exercício físico não fez parte dos novos hábitos, este facto refletiu-se negativamente no organismo.

Mas, o mais curioso, é que uma grande fatia de pessoas, passou a ter uma rotina mais saudável; como estava sempre em casa, acabavam por fazer refeição caseiras, recorrendo a produtos hortícolas frescos, garantindo, assim, um melhor equilíbrio do seu organismo.

No final, torna-se fundamental a procura pelo melhor, fazer as melhores escolhas, pela sustentabilidade do nosso organismo e pela garantia que estamos a passar os melhores princípios à geração seguinte.

Como referi anteriormente, as escolhas estão na posse de cada pessoa.

ESCOLHAS PRUDENTES E VARIADAS

É importante perceber que se não tratarmos de nós, ninguém tratará!

As escolhas alimentares são da responsabilidade de cada um, é importante ser regrado nas quantidades e na seleção e combinação de produtos, para assim darmos ao nosso organismo o que ele necessita para ser saudável.

A variedade nas escolhas alimentares permite garantir um equilíbrio no nosso organismo. Com o tempo, vamos percebendo quais os alimentos mais ou menos benéficos para cada um de nós.

Não podemos deixar estas escolhas para terceiros, somos nós os responsáveis por comer de forma variada e com a quantidade necessária para um equilíbrio saudável.

A verdade das escolhas permanece em cada um de nós. Com base na Roda dos Alimentos, podemos e devemos construir a nossa própria alimentação equilibrada, garantido ao organismo tudo aquilo de que necessita para se manter são e saudável.

Boas escolhas!

Ana Ramos – Açucar e Sal qb

Imagem de Christine Sponchia por Pixabay

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