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Ser “boa mãe” – o que é isso?

mãe

“Não interessa se é boa mãe, mas sim se é boa para si própria”

Quando pergunto a uma mãe em que é gostaria que eu a ajudasse, uma grande percentagem diz que quer ajuda para ser melhor mãe. Um sentimento comum a muitas mães, com o qual se pode identificar.

Sendo um tema que aflige muitas mães, decidi fazer um direto no facebook com o título:

 “Quero ajuda para ser melhor mãe!”

Porque sentimos que não somos boas mães?

“Quero ajuda para ser melhor mãe!”Porque sentimos que não somos boas mães?

Pubblicato da Alexandra&Carolina su Martedì 11 settembre 2018

Mais uma vez, muitos comentário surgiram, dizendo: “Não me sinto boa mãe”.

Mas houve um comentário que me chamou à atenção: “Opa, é melhor não falar se sou ou não boa mãe ”.

E a minha resposta foi: “Somos todas boas mães porque fazemos sempre o melhor que sabemos e podemos, com o conhecimentos que temos a cada momento! E a questão nem é se somos boas mães ou não, mas se somos boas para nós próprias.

Como assim?

Este sentimento de que não somos boas mães deriva em parte de crenças enraizadas na nossa sociedade, as quais definem uma boa mãe como a mãe que:

  • Passa muito tempo com os filhos
  • Fala sempre tranquilamente com filhos
  • Está sempre disponível para os filhos
  • Faz todo o tipo de sacrifícios pelos filhos

E por aí fora…

Mas todas nós sabemos que, no nosso dia-a-dia, cumprir com todas estas premissas é praticamente impossível, para além de que estas crenças não são verdadeiras. Não podemos avaliar a nossa qualidade como mães pelo tempo passado com os nossos filhos.

Por exemplo, se uma mãe que passa muitas horas com os filhos e muito desse tempo é passado com a mãe aos berros porque sujaram isto, ou desarrumaram aquilo, ou fizeram uma asneira qualquer, este tempo não é de qualidade.

Então, seria melhor estarem menos tempo e em maior harmonia, com mais qualidade. Só para deixar aqui um pequeno exemplo de que como estas crenças simplistas não fazem sentido e podem ser enganadoras.

Mas como referi acima, a questão não é se somos boas mães, mas se somos boas para nós próprias. E aqui peço que faça uma reflexão:

  • Gosta da pessoa que é?
  • Quando olha para si, que tipo de pessoa vê?
  • Como se descreve?

Pegue num papel e numa caneta e escreva as respostas a estas questões.

  • Escreveu mais qualidades ou mais defeitos, mais coisas boas ou mais coisas menos boas?

Mais importante do que nos avaliarmos se somos boas mães ou não, é avaliarmos como nos tratamos a nós próprias. O nosso amor próprio define quem somos enquanto mulheres, mães e profissionais. Se nos julgamos e criticamos a toda a hora, provavelmente somos mães que julgam e criticam os seus filhos…

Então, o primeiro passo para ser uma boa mãe é ser boa para si própria, amar-se e aceitar-se tal como é!

Carolina Andrade

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